Pantanal
Matogrossense:
Um ecossistema
brasileiro ameaçado
(foto:
Marina Abreu, tirada no Pantanal Matogrossense, Outubro de 12)
Considerado
um dos maiores paraísos ecológicos do Brasil pelos que o conhecem, há algum
tempo tem-se chamado a atenção do país quanto à conservação.
O
pantanal é uma das maiores planícies de inundação do mundo, No Brasil ocupa
cerca de 125 km², sendo 250 km de largura em seu eixo menor e cerca de 500 km
de sul a norte em seu eixo maior.
Seu
relevo é constituído de uma depressão complexa onde há diversos leques aluviais
que ainda recebe rochas sedimentares da bacia do Paraná. Rios vindos de leste,
sul e sudeste se juntam na margem esquerda do Alto Paraguai, desta forma
constitui uma imensa área alagada. Este alagado foi chamado pela tradição
popular de língua portuguesa arcaica de Pantanal.
Ciclos
de cheias e vazantes tornaram o pantanal um ecossistema com características
próprias formado pela junção de diferentes ambientes.
Essa
combinação de ambientes, teve como consequência a grande riqueza de espécies
que abriga.
Devido
aos depósitos trazidos pelos rios, forma-se um ambiente bastante rico em
nutrientes.
Sua
vegetação possui traços de outras áreas do país, comumente observamos espécies
típicas de cerrado, também é comum encontrar espécies aquáticas, devido às
cheias como também matas ciliares ao longo dos cursos de água, sendo essa
vegetação abrigo de muitas espécies de aves.
A
riqueza da fauna é impressionante, o pantanal possui muitas espécies
representantes de diferentes grupos, chama-se atenção especial à alguns
mamíferos ou aves dos quais estudos apontaram como ameaçados de extinção devido
à terem seus habitats destruídos em outras partes do Brasil.
Podemos
citar alguns mamíferos que são encontrados na região, o que juntamente com as
aves tem sido um importante elemento para atração de turistas como, a onça, o
cervo do pantanal, a capivara, a ariranha, o queixada, o porco espinho e o
tamanduá bandeira.
Essa
natureza exuberante traz consigo uma história de devastação e utilização de
seus recursos de maneira insustentável.
Impacto Antrópico
Embora
a natureza seja marcante e a idéia de preservação tem sido adotada pela
comunidade local, visto que a um crescente interesse econômico envolvido na
questão, podemos observar o forte impacto da agropecuária, do plantio de
monoculturas e da defaunação, que a tempos tem sido catastrófica para este
ambiente. Na agricultura podemos observar monoculturas de Eucalyptus sp,
embora existam outras como a soja. As monoculturas se plantadas de maneira
incorreta podem levar ao assoreamento dos rios.
O
desmatamento visando aumentar áreas de plantio e de pastos tem limitado o
habitat de muitas espécies que ficam vulneráveis a ação de predadores e
caçadores ilegais.
Levando
em conta estes problemas gostaria de apontar resumidamente algumas alternativas
que tem se discutido.
Que
se tenha maior fiscalização em relação à caça, um rigoroso controle em relação
às substâncias químicas utilizadas na agropecuária, aplicação de técnicas de
manejo natural sustentável, cuidados com a saúde dos gados e criação de alguns
animais silvestres de interesse em cativeiro.
Buscando
então, alternativas para redução desses impactos, e isto requer ainda muito
estudo embora já se encontre alguns apontamentos nas bibliografias pouco se
conhece sobre as espécies envolvidas e sobre esse ecossistema, além disso
devemos buscar uma solução que seja o mais viável possível, visto que há
grandes interesses políticos e econômicos envolvidos.
" Todo esse conjunto de problemas atuais e potenciais decorrentes da atividade humana nos planaltos e na planície, demonstra que as ações a serem implementadas numa bacia hidrográfica devem ser alicerçadas em estudos integrados, onde as relações de causa e efeito necessitam estar bem delineadas e aceitas pela sociedade."
Referências
Bibliográficas :
- citação encontrada em : http://www.cpap.embrapa.br/impacto.html; acesso 25 de outubro de 2012.
·
Era Verde? ecossistemas
brasileiros ameaçados
de
Zysman neimam
·
Ecossistemas do
Brasil; texto de Aziz Ab'Sáber.
Postado por Thabata Rodrigues de Carvalho
Postado por Thabata Rodrigues de Carvalho
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